quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

De volta à pátria espiritual

Estão se tornando corriqueiros os cataclismas no Brasil. O que antes era realidade em outros países, representada por furacões, terremotos, tsunami, temos nós pela chuva, efeitos parecidos. Santa Catarina, Niterói, Região Serrana do Rio de Janeiro... Todos: ricos, pobres, pretos, brancos, pardos, altos, gordos, baixos ou magros, bandidos e mocinhos, formam uma só massa humana contida em um mesmo barco.
O que parecia longe, está cada vez mais perto. Famílias inteiras desencarnando juntas, e os que por aqui ainda ficam, passam a ver a vida e a morte sob outros olhares: nascem novamente.
São chegados os novos tempos e percebe-se que estamos em uma peneira, dos que precisam partir e dos que precisam ficar. É tempo de se pensar. É tempo de agir. Que contas iremos nós prestar para algo superior a tudo ou qualquer coisa pós morte que possamos acreditar que existe?
Nestas tragédias, nos tornamos irmãos, ficamos em frente a televisão esperanto o próximo sobrevivente com o coração na mão. No meio ao caos, podemos nos reconhecer na mais sublime prova de amor e vida: a solidariedade sincera, fraterna.
Abram os olhos e aproveitem o embalo dos que ficaram frente à destruição causada pelas chuvas, para taméem nascer novamente. Agradeça a Deus por sua família, olhando-os da forma caridosa e desarmada de quem estar a passar por estas experiências de vida e morte e desapego forçado - pois perderam casa, carros, fotos, documentos, além de parentes, e só ficaram com a roupa do corpo. Afinal, as chuvas continuam e os desastres naturais ficam cada vez mais perto. Arrumem suas bagagens com muitas peças de amor, perdão e trabalho na busca de aprimoramento pessoal, pois aos minutos seguintes pode chegar a nossa vez de entrar no trem com destino à verdadeira vida.


Lívia Suhett

Um comentário:

  1. Que lindo o seu texto Livia :)
    adorei e concordo com tudo o que disse!
    beijos cheios de saudade!!
    Raachel

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