Preocupou-se logo, então, em achar algum meio de criar outra frase em sua amiga, para que pudesse completar, porém queria evitar ser invasiva. Luisa pensou, pensou e... Eureka! A menina teve uma idéia:"Vou criar um frase para Duda completar! Assim trago seus pensamentos para outras coisas." Tentando conter a euforia Luisa chama Duda.
_ Sim, Luluca.
_ Tá comigo ok?
_ An? - Duda indagou Luisa com a expressão confusa. mas Luisa continuou:
_ Vamos ver se acho... Hum... Lembra de quando compramos laranjas e elas caíram no meio da rua?
_ Lembro - Diz Duda sem expressão.
_ Hum, está frio... Ah! Lembra de quando pegamos carona em um caminhão de galinhas? Um pôs um ovo na sua cabeça!
Duda respondeu um soslaio consentivo.
_ Está morno... - e Luisa se animou- Ei amiga! Lembra que ovo rolou, caiu no meu uniforme, fiquei com cheiro de ovo, e tomei um banho com aquele seu perfume ficando na realidade toda fedida e ninguém.. há... ningué.... há há.. nin... háháhá - Luisa não conseguiu mais falar, pois gargalhava.
Duda riu muito, gargalhou de sentir dor na barriga. Ao perceber isto, Luisa disse feliz:
_ Achei! Achei o que procurava!
_ Como assim? Peguntou Duda, já quase chorando de rir.
E Luisa:
_ Deixa para lá amigona! Agora tá com você!
Muitas vezes, ao querer ajudar um amigo, nos tornamos invasivos, ou tentamos remediar uma situação baseado em nossas próprios machucados, sem ao menos perguntar o que especificamente o outro sente. Para quer oferecer "Dorflex", se a dor do outro pode ser emocional?
Nem sempre acharemos uma solução para ajudar quem amamos. Contudo, podemos , oferecer opções de lembranças para a mudança de estado, com o objetivo de trazer flores mentais para que possam passar pelas situações da vida enxergando o "copo meio cheio".
Gostoso assim é encontrar o sorriso escondido outro. Luisa encontrou. Agora, tá com você!
Lívia Suhett 25/03/2010