quinta-feira, 28 de abril de 2011

Tristeza no divã da esperança



Chove lá fora,
mas também aqui dentro.
E através de mim.

Vai ver que é água vinda do céu
Água de lavar a alma
Água para trazer a calma

Vai ver que a lágrima dissolve a dor
Lágrima que transpassa amor
Lágrima que devolve o bom humor

Vai se ver
Vai se sentir
Venho eu me descobrir
Para ter logo vontade de rir
A entender que nunca se está sozinho
Sempre há alguém para um chamego um carinho
Alguém em forma de mãe, irmão, amigo, cão, estrela, sol, livro e chuva
Essa chuva, sempre me lavando
Sempre me reciclando
Sempre me ensolarando.

Oh! Chuva
Chuva lava mente
Chuva que faz minha semente, que cochila, acordar
Tenho que agradecer além de você, Quem te manda
Hoje, agora e amanhã
Abrindo os olhos ou não, pelo meu despertar.


Lívia Suhett

terça-feira, 26 de abril de 2011

Borboletas na barriga

Achei que tinha encontrado minha alma gêmea, minha outra metade, a tampa da minha panela, ou seja lá como é chamada àquela pessoa que faz borboletas baterem asas na sua barriga quando você a vê, ouve sua voz ou sente seu toque.
Com o tempo, coloquei em prática o que tanto passo para os outros em meus treinamentos: objetivos devem se proibidos de ter pessoas como metas, como sonho. O outro é um ser complexo, que pode não querer ficar mais com você _ e acreditem que mesmo te amando podem fazer isso_, pode ir para outra dimensão, pode ir para não mais voltar, etc: ele também tem seus objetivos.
O outro deve ser agraciado, amado, bem recebido, namorado, acarinhado, pois faz-se necessário o amor conjugal para o ser humano por questões diversas da sensibilidade e racionalidade. Porém, o amado ou amada deve vir para adicionar amor, não para completar. Quando completa, se o outro sái, a gente cái.
É difícil quando se está apaixonado pensar nisso. Esquecemos de uma coisa muito importante: do nosso valor. O entregamos _ se o admitimos_ ao outro: ele é quem tem o valor. E quando há um desenlace, o perdemos.
Como? Como? Sim, demos ao outro e esquecemos de fazer uma poupança reserva para nós e daí: sofremos.
Ficar triste? Legal, faz parte; é bom para a reflexão da compreensão das diferenças. Contudo o sofrimento pode ser tornar um aperitivo que nos deixa a esperar pelo prato principal: a depressão.
Concluindo, digo e repito que deve-se sim namorar, casar, viver um conto de fadas, sorrir, ir ao cinema, dividir o último chiclete de menta. Mas primeiro, se deve olhar para a cara que vemos diante do espelho todo o dia de manhã e dá uma boa cantada nela, pois, de tanto insistir, vamos nos apaixonar por essa pessoa linda que está conosco todo o tempo, nos dá força e sentimentos e serve de cupido quando passa um possível "causador de frio na barriga" do outro lado da rua: nós mesmos.