sexta-feira, 26 de março de 2010

Colecionando Óculos


Ana Bacana tinha uma coleção de óculos: um para cada ocasião. Um para ir a escola, um para fofocar sobre o gatinho da sala 3, outro para fazer compras em São Paulo com a tia Inês. Assim vivia Ana Bacana, com usa maleta de elntes e armações.
O critério para escolher os óculos era bem simples: dependia do humor ou da estação, se estava triste ou se era verão; tudo dependia da situação.
Só tinha um problema: quando se desentendia com os outros nao sabia que óculos colocar! Ana Bacana colocava todos e até comprava novos, mas nenhum deles fazia a relação de bem voltar.
Um dia, o inesperado - e esperado aconteceu: Ana Bacana, em uma discussão, se enfureceu! Cabelos e tabefes para lá e para cá e Ana Bacana à amiga estapear. Confusão maior foi da platéia, quando Ana Bacana parou e à menina se desculpou. Havia mudança no olhar de uma e de outra. Ana Bacana e a menina se entreolharam e "caíram na risada", acompanhadas da galera: é que na hora do furdúncio, dois óculos caíram enquanto as duas estavam como feras: Ana Bacana vestiu os da garota e esta, os dela.


A leitura do mundo se faz com os diferentes óculos que colecionamos ao longo da vida. Educação familiar, cultura regional, alegrias, doenças e frustações, são exemplos de lentes que usamos diariamente.
Portanto, vale limpar algumas e desfazer de outras, mas também experimentar a ótica alheia - gostando ou não do efeito - para acumularmos graus qua nos dão a oportunidade de enxergar diversas realidade, a fim de nos entender melhor e compreendermos o todo de sentimentos, ações e reações ao nosso redor.

Lívia Suhett 06/03/2010

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